sábado, 30 de abril de 2016

MENTIRA PERFEITA de Carina Rissi


Título: Mentira Perfeita
Autora: Carina Rissi
Editora: Verus
Páginas: 461
Ano: 2016
Nota: 5/5 + 

"Não é o jeito como seu corpo se move, como você vê, ouve ou sente o mundo que importa, mas a maneira como você vive. E esta é a parte difícil: aprender a viver."

Sinopse (Verus Editora): Júlia não tem tempo para distrações. Ela é brilhante e sempre se esforça para ser a melhor naquilo que faz; por essa razão, sua vida pessoal acabou ficando de lado. Algo que sempre preocupou sua tia Berenice. Gravemente doente, a tia teme que Júlia acabe completamente sozinha quando ela se for. 

Júlia faria qualquer coisa — qualquer coisa mesmo! — por tia Berê e, em seu desespero para agradar a única mãe que já conheceu, inventa um noivo enquanto torce por um milagre... E então o milagre acontece: Berenice se recupera — e, assim que deixa o hospital, gasta todas as suas economias com o casamento dos sonhos para a sobrinha. Como Júlia pode contar a ela que mentiu, com a saúde da tia ainda tão frágil? 

É quando Júlia conhece Marcus Cassani. Ele é irritantemente cínico, mulherengo e lindo de um jeito que a deixa desconfortável. Marcus também está enfrentando problemas, e um acordo entre eles parece ser a solução. Tudo o que Júlia sabe é que deveria se afastar de Marcus. Mas seu coração tem uma ideia muito diferente...



Ao terminar de ler mais um sucesso de Carina Rissi, um misto de emoções invade meu peito. Mas o que mais se destaca, com certeza, é a alegria de ter finalizado uma história arrebatadora da minha autora nacional favorita.

Mentira Perfeita é o spin-off de Procura-se um marido, aquele livro que conta a história linda e divertida de Alicia e Max. Nesse novo livro, que se passa no mesmo universo do primeiro, mas com novos protagonistas, temos Júlia e Marcus.

Júlia trabalha na empresa L&L, é uma garota inteligente, batalhadora, que está sempre colocando sua felicidade em segundo lugar e que acaba inventando um noivo falso para sua tia Berê que está com a saúde frágil. Marcus é o irmão mais novo de Max, mulherengo, cínico e que está louco para morar sozinho, mas sua família está preocupada sobre isso, pois ele é cadeirante. Os dois estão passando por situações bem difíceis, mas então se conhecem, fazem um acordo e... Bom, a história acontece.



Em Mentira Perfeita temos capítulos intercalados entre Júlia e MarcusEu adorei ter o ponto de vista do Marcus nesse livro. As cenas e pensamentos dele deixaram a história mais completa. Entender o lado dele, tudo pelo o que passou, suas impressões sobre Júlia. Foi aquela coisa: às vezes eu amava ele, e às vezes queria matá-lo. Mas ele é um mocinho adorável.

Júlia é incrível. Ela é inteligente, esforçada, justa, e ama o que faz. Ela tem medo de se entregar ao amor, de se arriscar e está sempre colocando a felicidade dos outros acima da sua. Ela mora com sua tia Berê, que é a mulher que a criou desde pequena e por quem faria qualquer coisa. Júlia é uma protagonista forte, mas que tem seu lado frágil. Em nenhum momento ela foi cansativa ou chata. Amei Júlia da primeira à última página.

É muito bacana quando a Carina consegue me fazer desejar que os protagonistas realmente existam. Marcus e Júlia foram reais para mim. Os sentimentos saltavam das páginas, tudo foi muito intenso e palpável. E divertido, claro. Os diálogos entre Marcus e Júlia são ótimos e ri demais com todas as confusões.

"Comecei a refletir sobre como diabos eu iria resolver a confusão do casamento. Havia conseguido pensar em algumas alternativas:
a) me casar com um manequim de loja. (Se uma maluca pôde se casar com o totem do Robert Pattinson em Las Vegas, eu podia muito bem casar com um manequim.)
b) contar que eu menti. (Mas não era de fato uma alternativa. Não se eu quisesse manter tia Berenice viva.)
c)
Tá, eu não tinha mais nada.
Era isso. O manequim ia ter que servir." - páginas 57 e 58

Quando Alicia e Max entravam em cena, eu era só sorrisos. Eu estava morrendo de saudades dos dois e para a minha felicidade de leitora me arrancaram muitas risadas. Além dois dois, temos outros personagens muito queridos que amei rever.

Tia Berê ganhou meu coração. Ela é dona de ótimas cenas e falas, que me fizeram rir e me emocionar. E meu Deus, como shippei tia Berê e dr. Victor.



Achei hilário o fato de a Júlia pensar que estava com uma alergia. Vou explicar: ela tinha certos sintomas quando pensava em Marcus ou quando ele a tocava. Sensações estranhas que toda vez que tentava justificar, me fazia rir horrores. Uma que consegui encontrar foi essa, logo depois de conhecer Marcus:

"O calor em meu rosto se intensificou. Mas que droga! Alguém devia dar uma olhada no ar-condicionado daquela sala." - página 38

Algo que gostei muito foram as leves críticas sociais que Carina colocou na história. Alguns pensamentos de Júlia e uma situação pela qual ela passa, tornaram a história ainda mais real. A escrita dela é fantástica, envolvente e profunda, e o jeito como ela colocou essas leves alfinetadas na sociedade atual, foi bem natural e ao mesmo tempo pequenos impactos.



Às vezes acho que não existem palavras suficientes para escrever ou falar sobre as histórias da Carina Rissi. Ela me surpreendeu muito em Mentira Perfeita, com o desenvolvimento dos personagens, com o desenrolar da trama, e não só com o romance, mas com tudo o que acontece ao redor, e que não é pouca coisa não!

Mentira Perfeita me deixou arrebatada desde a primeira página, com saudades dos personagens, suspirando, sorrindo, rindo alto, perdendo o fôlego, revoltada com os protagonistas, pulando de alegria. As reviravoltas, os obstáculos que os próprios personagens colocam para si mesmos, a genialidade da Carina com todos os detalhes da história que me fizeram arfar e ter a certeza de que essa autora é a dona do meu coração. Carina Rissi é RAINHA.

" - (...) Nunca houve mais ninguém para mim. Apenas você. O que tem aqui dentro é seu. - Colocou a mão sobre o peito. - E vai continuar sendo, não importa para onde você vá." - página 408

E tem mais um monte de coisas que neste exato momento querem jorrar de mim, mas o que preciso dizer é apenas isso: Leiam os livros da Carina Rissi e sejam felizes!

Abraços e até a próxima!

terça-feira, 26 de abril de 2016

A SEREIA de Kiera Cass


Título: A Sereia
Título original: The Siren
Autora: Kiera Cass
Editora: Seguinte (selo da Companhia das Letras)
Páginas: 323
Ano: 2016
Nota: 5/5

"Uma menina misteriosa.
O garoto de seus sonhos.
A Água entre eles."

Sinopse (Seguinte): Anos atrás, Kahlen foi salva de um naufrágio pela própria Água. Para pagar sua dívida, a garota se tornou uma sereia e, durante cem anos, vai precisar usar sua voz para atrair pessoas até o mar e afogá-las. Kahlen está decidida a cumprir sua sentença à risca, até que conhece Akinli. Lindo, carinhoso e gentil, o garoto é tudo com que Kahlen sempre sonhou. Apesar de não poderem conversar - pois a voz da sereia é fatal -, logo surge uma conexão intensa entre os dois. É contra as regras se apaixonar por um humano, e se a Água descobrir a sereia será obrigada a abandoná-lo para sempre. Mas pela primeira vez, em muitos anos de obediência, Kahlen está determinada a seguir seu coração.



Escolhi ler A Sereia porque, além de a escrita da Kiera Cass ser maravilhosa, o livro é curto, e queria ler algo rápido antes que um certo livro chegasse. A premissa de A Sereia é bastante interessante.

Nos primeiros capítulos achei Kahlen sem graça e ao longo da leitura um pouco dramática. Porém, aos poucos ela foi se tornando uma ótima protagonista. Com seus momentos mais dramáticos, como disse antes, mas com sentimentos guardados, decisões a tomar, dúvidas surgindo, frustrações. Então bem depois de ter terminado o livro, percebi que não tinha compreendido completamente a protagonista. O que me fez ficar decepcionada comigo mesma.

Akinli derreteu meu coração desde sua primeira aparição. Meu Deus, ele é fofo demais. Simpático, inteligente, cavalheiro, engraçado, bonito, fofo, fofo, fofo. Amei muito a relação dele com Kahlen, de como arrumou um jeito de se comunicar com ela, fazendo seus diálogos serem incríveis. Preciso admitir que gostava mais quando ele aparecia. Um dos melhores mocinhos já criados.



Achei muito interessante a relação entre a Água e as sereias. Um ser superior, mas também uma mãe, amiga, ouvinte. Achei linda a relação de irmãs entre as garotas. Elas contam uma com a outra, se preocupam, se apoiam, se amam.

Temos alguns personagens secundários na história, incluindo as sereias com quem Kahlen vive. Mas Miaka, Aisling e Julie se destacaram para mim.

" - E se não houver espaço para o amor? - perguntou baixinho, apoiando a cabeça sobre o meu ombro.
- Não seja boba - respondi ao passar um braço pelo ombro dela. - Sempre há espaço para o amor, nem que seja uma frestinha. Isso basta." - página 211

A Sereia é carregado de trechos lindos, falando muito sobre sentimentos. E o jeito como Kiera Cass os colocou na história foi mágico. Repleto de simplicidade e delicadeza.



Senti que não estava me conectando com a história. Achei genial e cruel tudo que envolvia a mitologia adaptada pela autora, mas ao mesmo tempo nada acontecia, nada me empolgava. Mas não sei por que, a partir do capítulo nove, bem precisamente, algo despertou em mim e eu mergulhei na trama. Me vi superenvolvida com Kahlen e Akinli e toda a fofura dos dois.

PORÉM, depois de um acontecimento que me fez pirar, não acreditar, enlouquecer de raiva e várias outras reações, fiquei sem ler por três dias. Fiquei de mal com a Kiera CassMas eu me recusava a não terminar um livro da autora, porque, meu Deus, é a Kiera Cass!

Então peguei A Sereia para ler novamente. Faltavam doze capítulos. Sentei, li e não parei mais. A partir daquele momento a história ficou bem instigante, e me deixou sem nenhuma teoria para o final. E eu terminei. E ainda é difícil colocar em palavras o que achei daquele desfecho.

Foi simples, lindo, um pouco triste, cheio de profundidade. Foi adorável, mas eu queria mais. Aquele epílogo bem que podia ser mais longo.

"É engraçado pensar nas coisas a que nos apegamos, nas coisas de que lembramos quando tudo acaba." - página 9

Foi uma experiência diferente ler A Sereia, e especial de algum jeito.

Abraços e até a próxima!

quarta-feira, 20 de abril de 2016

LEITURAS DO MÊS: Janeiro, fevereiro e março 2016


Olá. Bem-vindos ao primeiro Leituras do Mês, uma ideia que tive para o blog, e que já fazia um tempinho que estava prometendo em alguns posts.

Se eu ler mais de um livro no mês, irei postar no final dele (ou nos primeiros dias do mês seguinte), meus comentários sobre as leituras para as quais não fiz resenha (e também um breve comentário sobre aquelas que já tenha resenhado naquele mês). Em março não resenhei todos os livros lidos, mas mesmo assim tenho alguma coisa a dizer sobre eles. Então achei legal registrar em uma postagem especial para não deixar passar em branco. 

Decidi que esse ano não resenharei todos os livros que ler. Às vezes me cobro muito, e não quero que resenhar um livro seja uma obrigação minha para o blog, mas sim um prazer, por ter gostado muito.

E não é que eu não goste dos livros que não resenho, mas é como falei, não tenho muito a comentar.

Como a ideia surgiu por causa das leituras não resenhadas de março, vou fazer um breve resumo das leituras de janeiro e fevereiro apenas para recapitular o que li até agora em 2016:

JANEIRO:


Divergente de Veronica Roth, que foi a descoberta de uma distopia bem interessante, mas que me tomou quase o mês inteiro para ler. Dei nota 5/5.

FEVEREIRO:


Insurgente, segundo volume da trilogia Divergente, se tornou favorito pelo final incrível.

Antes de terminar a trilogia, li A terra das sombras de Meg Cabot, primeiro volume da série A Mediadora, um livro leve, apesar da temática com fantasmas. Uma história original, uma protagonista bem humorada e uma escrita ágil. Dei nota 5/5.

Então li Convergente. O desfecho da saga foi incrível. Ao mesmo tempo doloroso de ler, mas lindo. Dei nota 5/5 e favoritei.

MARÇO:


QUATRO - HISTÓRIAS DA SÉRIE DIVERGENTE | Veronica Roth | Divergente #4 | Rocco Jovens Leitores | Nota 5/5

Nesse mês eu comecei com um livro curtinho, mas que me deixou levemente abalada. Quatro traz histórias e cenas pela perspectiva de Tobias Eaton, personagem de Divergente. Reler cenas pelo ponto de vista do Quatro, ver Tris pelos olhos dele, conhecer melhor sua história, foi uma experiência bem legal. Além de, claro, rever personagens que aprendi a amar na trilogia.

 O SEGREDO DE EMMA CORRIGAN | Sophie Kinsella | Record | Nota 5/5

Esse foi o primeiro livro que li da autora. Um chick-lit que me arrancou muitas risadas em público. Emma é uma protagonista incrível que me divertiu desde a primeira página. A história é muito bem contada e a escrita é leve. O que não me conquistou totalmente foi o romance. É claro que amei Jack e Emma, só não senti aquele friozinho na barriga. Até suspirei algumas vezes, mas não consegui amá-los completamente.

AS SUAS LEMBRANÇAS SÃO MINHAS | Cecelia Ahern | Rocco | Nota 5/5

Estava curiosa para ler esse livro, pois além de ser de uma das minhas autoras favoritas, sabia que haveria algo diferente. Com um toque de ficção, um humor absolutamente adorável, uma série de coincidências que me deixaram com um sorriso no rosto, e personagens completamente apaixonantes, Cecelia Ahern, como sempre, me deixou imersa em sua história. Eu só não lembro o motivo de não ter favoritado o livro.

UMA CURVA NO TEMPO | Dani Atkins | Arqueiro | Nota 4/5

Achei a premissa do livro muito boa. Comecei ele animada e com expectativas altas, pois soube que o final era inesperado.

Bom, o começo foi legal, impactante. Mas depois os parágrafos e capítulos longos foram me desanimando. Dentro dos capítulos havia várias cenas, mas mesmo assim foi ficando arrastado. Gostei muito do Jimmy, mas a narrativa da Rachel não me conquistou completamente. Achei que fosse me deixar mais intrigada, mas infelizmente a sinopse me intrigou mais que a história em si.

Fiquei bastante confusa durante alguns capítulos, demorando a entender os acontecimentos que se desenrolavam.

Apenas os dois últimos capítulos me deixaram sorrindo e me fizeram sentir que valeu a pena ler Uma curva no tempo. As últimas páginas foram dolorosas de ler, mas também achei lindo o que li.

Abraços e até a próxima!

terça-feira, 19 de abril de 2016

AS SUAS LEMBRANÇAS SÃO MINHAS de Cecelia Ahern


Título: As suas lembranças são minhas
Título original: Thanks for the memories
Autora: Cecelia Ahern
Editora: Rocco
Páginas: 352
Ano: 2010
Nota: 5/5


"Sinto mãos velhas e enrugadas apertando as minhas, e sua intensidade e familiaridade me forçam a abrir os olhos. A luz penetra e vislumbro seu rosto, um olhar que não quero ver novamente. Ele se agarra ao seu bebê. Sei que perdi o meu. Não posso deixá-lo perder o dele. Ao tomar minha decisão, já começo a sofrer. Aterrissei agora, a aterrissagem da minha vida. Meu coração ainda bate.
Mesmo partido, ele ainda funciona."

Sinopse: Após perder o bebê num acidente e enfrentar uma separação, Joyce nunca mais será a mesma. Volta a viver com o pai viúvo, mas esta mudança não explica as estranhas sensações que a assaltam. Na verdade, ela se sente outra pessoa: vegetariana, adquire um gosto inusitado por carne; recita versos em latim de cor e descobre falar fluentemente italiano; surpreende a todos com um vasto domínio da história da arte.

Recém-divorciado, Justin deixa a América para viver em Dublin e lecionar arquitetura numa universidade irlandesa. Ele é convencido por uma médica atraente a doar sangue, uma boa ação aparentemente inofensiva. Mas ele logo descobre que, além de salvar vidas, seu coração partido ainda pode voltar a bater no compasso do amor.

A cada dia que passa, Joyce recorda mais detalhes das ruas de Paris, que nunca visitou; sonha com uma menina de cabelos loiros, que nunca viu. Com lembranças e déjà-vus insistentes, começa a pensar que está enlouquecendo... até que uma série de coincidências a conduz à pessoa com as peças que faltavam nesse quebra-cabeça. Alguém com quem ela sente, à primeira vista, uma inexplicável conexão.



A sinopse de As suas lembranças são minhas é muito interessante, e logo me vi curiosa para conhecer mais uma história de uma das minhas autoras favoritas, a talentosíssima Cecelia Ahern.

A narrativa é intercalada entre os dois protagonistas. Em primeira pessoa temos Joyce, uma mulher que passou pelo trauma de perder seu bebê ao cair da escada. Ela vai morar com seu pai viúvo e decidi se divorciar. Em terceira pessoa temos Justin, divorciado, com uma filha de 18 anos, ele é professor de arquitetura e palestrante em uma universidade em Dublin.

O destino de Joyce e Justin é entrelaçado quando ele doa sangue, mesmo morrendo de medo de agulha. Joyce, tendo perdido muito sangue, recebe essa doação.

Mesmo sendo algo completamente anônimo, os dois se veem conectados, e assim começa uma jornada de coincidências, amor, humor e aprendizados.





Cecelia, como sempre, equilibrou perfeitamente o drama e o humor. A história me tocou em seus momentos tristes e delicados, mas também me divertiu com cenas repletas de um humor adorável.

As amigas de Joyce, Kate e Frankie, são hilárias, e as conversas entre elas, falando sobre suas vidas, são fantásticas. As duas personagens  são muito bem trabalhadas.

O que me leva a Al e Dóris, irmão mais novo e cunhada de Justin. Personagens divertidos e queridos e donos dos melhores diálogos. A autora arrasou com os personagens secundários na história, que são o apoio de Joyce e Justin.

Não posso deixar de comentar sobre Henry, o pai de Joyce. Amei demais a relação linda entre os dois. Me emocionaram e me fizeram gargalhar.



Me peguei entendendo que não estava lendo um simples romance, mas sim os encontros e desencontros pelos quais duas pessoas passam para se conhecerem, para enfim conversarem. As coincidências malucas me arrancaram várias reações. Tinha vezes que ficava animada e outras frustrada.

Me vi com um pouquinho de dificuldade na leitura. Dificuldade de entender, absorver os parágrafos. Mesmo assim as páginas fluíram bem. A escrita da autora é sempre deliciosa, e não deixei de ficar imersa na narrativa.

Algo que despedaçou meu coração foi o penúltimo capítulo. Mas então li o último e meu Deus, Cecelia Ahern conseguiu juntar os pedacinhos dele e o aqueceu.

Achei bem inovador o tema por trás da história, do romance que vemos tomar forma. A doação de sangue é muito importante e um ato de amor. Mesmo com a ficção envolvida, a mensagem do livro é clara: esperança, segundas chances, recomeço. É possível.


"As lembranças mais dolorosas vão permanecer na raiz por algum tempo ainda. Terei que esperar que cresçam para poder me livrar delas e seguir adiante." - página 60

Mesmo não tendo favoritado, a história de As suas lembranças são minhas é linda e foi uma ótima experiência de leitura. Me fez rir, me emocionar, me apegar aos personagens e reconhecer que o ato de doar sangue salva vidas.

Abraços e até a próxima!

segunda-feira, 18 de abril de 2016

CONVERGENTE de Veronica Roth


Convergente é a conclusão da trilogia Divergente. Se você não leu Divergente e Insurgente, sugiro que não continue lendo esta resenha. Se continuar, boa leitura!

Divergente #3
Título: Convergente
Título original: Allegiant
Autora: Veronica Roth
Editora: Rocco Jovens Leitores
Páginas: 526
Ano: 2014
Nota: 5/5 + 

"UMA ESCOLHA VAI TE DEFINIR."

Sinopse (Skoob): A sociedade baseada em facções, na qual Tris Prior acreditara um dia, desmoronou – destruída pela violência e por disputas de poder, marcada pela perda e pela traição. Em Convergente, o poderoso desfecho da trilogia de Veronica Roth iniciada com Divergente e Insurgente, a jovem será posta diante de novos desafios e mais uma vez obrigada a fazer escolhas que exigem coragem, fidelidade, sacrifício e amor.



Estou sentada aqui, pensando que faz mais de um mês que terminei de ler Convergente. Mais de um mês que finalizei a trilogia Divergente e ainda não escrevi minha opinião sobre o último livro. Talvez eu esteja um pouco desesperada para lembrar de detalhes, um pouco desesperada pelas palavras certas. Porém, alguns sentimentos ainda permanecem comigo.

Sempre digo que é difícil falar sobre um livro que se gosta muito, ainda mais se for o último de uma saga. Complica mais ainda.

Então vou tentar escrever uma resenha que passe o que senti ao ler esse livro que foi alvo de tantas críticas pelo seu final.

Precisei de um tempo para absorver a história e organizar meus pensamentos e sentimentos. Mas acabou que fiquei mais tempo juntando coragem para sentar e escrever sobre o livro.



Fui fisgada rapidamente pelo começo de Convergente, lendo logo nove capítulos num dia. Isso me surpreendeu, pois minha relação com a escrita da Veronica Roth tem seus altos e baixos. Hora a narrativa é ágil e eu mergulho fácil nela, hora é difícil, me fazendo ler devagar para entender melhor, especialmente nas cenas de ação e descrições de lugares. E isso de fato aconteceu enquanto lia Convergente, mas em nenhum momento achei a história arrastada. Me envolvi realmente com o livro.

A narrativa nesse último livro é dividida entre Tris e Tobias. Gostei dessa troca de ponto de vista. Assim fiquei conhecendo o olhar de Tobias sobre os acontecimentos e seu lado nessa grande jornada. Okay, eu não lembro muito mais que isso sobre os pontos de vista do livro.



Temos alguns desentendimentos entre Tris e Tobias, que deixam o clima do livro mais tenso. Às vezes cada um tomava um rumo, cada um tinha uma opinião sobre a mesma coisa. Mas eu amo o relacionamento dos dois, a força que encontravam um no outro, o respeito entre eles. Apesar das brigas, as cenas fofas ganharam meu coração.

"Assim como tenho insistido que Tobias tem valor, ele sempre insistiu que sou forte, insistiu que a minha capacidade é maior do que acredito. E eu sei, sem que ninguém precise me dizer, que é isso que o amor faz quando é certo. Ele torna você algo maior do que é, maior do que acreditava ser capaz de ser." - página 411 (TRIS)

Os personagens secundários da trilogia, com o tempo, se tornaram muito queridos por mim. Eles ganharam significado, cada um com uma personalidade incrível. Um dos melhores elencos de personagens que já conheci. A autora me deixou bem abalada enquanto lia a morte de alguns deles.



Sobre finalmente eles terem atravessado o muro, saído daquele cenário que já tinha me acostumado, explicado a razão de todo aquele mundo: Tive problemas em entender. Sério, não consegui processar todas as informações que eram dadas em grandes parágrafos. A descoberta da distopia, o motivo de tudo aquilo, não me deixou completamente arrebatada. Mas isso não me fez desanimar.

Penso que sofri um pouquinho lendo Convergente. Uma coisa que senti a leitura toda foi medo. E também um pouco de raiva. Acho que porque sabia de um certo acontecimento, e já estava aflita desde o começo. Mas então, quando esse momento chegou, ao mesmo tempo que foi triste ler, foi também lindo. Veronica Roth escreveu perfeitamente bem essa cena, me deixando meio sem acreditar no que havia lido.



Para mim, a trilogia Divergente trata de coragem, amizade, amor, traição, sobrevivência, enfrentar e controlar seus medos, lutar pelo o que acredita, seguir seus instintos, acreditar em si mesmo e não se deixar controlar. É instigante, curioso, diferente, desperta sentimentos e reações, nos faz sofrer junto aos personagens, torcer por eles, nos apegar a eles.

Não foi a melhor distopia que já li, mas teve seus momentos incríveis que me fizeram perder o fôlego e viver a aventura ao lado de Tris, Tobias e todo o elenco maravilhoso criado tão bem por Veronica Roth.



Convergente é repleto de trechos incríveis, e quando abri o livro para escolher alguns para colocar na resenha, me vi levemente emocionada ao retornar, mesmo que por poucos minutos, ao mundo criado pela autora.

"Existem tantas maneiras de ser corajoso neste mundo. Às vezes, coragem significa abrir mão da sua vida por algo maior do que você ou por outra pessoa. Às vezes, significa abrir mão de tudo o que você conhece, ou de todos os que você jamais amou, por algo maior.

Mas, às vezes, não.

Às vezes, significa apenas encarar a sua dor e o trabalho árduo do dia a dia e caminhar devagar em direção a uma vida melhor.

Esse é o tipo de coragem que preciso ter agora." - página 502 (TOBIAS)

Desculpem a longa demora para postar a resenha e também a escassez de lembranças sobre a história. Mas mesmo assim me sinto orgulhosa por ter finalmente escrito sobre Convergente.

Em breve falo sobre minha leitura de Quatro - Histórias da Série Divergente.

Abraços e até a próxima!

sexta-feira, 15 de abril de 2016

TIJOLO BRILHANTE E CHICK-LIT | Unboxing #11


Olá. Bem-vindos ao meu DÉCIMO PRIMEIRO UNBOXING!

Respira fundo que esse é o último unboxing da série de compras que fizemos em março e chegaram em abril. É também o último do mês. Eu e minha irmã compramos livros no Submarino, Saraiva e Americanas. Essa última caixa é da Saraiva, e pirei levemente quando ela chegou e eu abri. Era uma compra muito esperada por mim.

A única coisa que me incomodou foi que nenhum dos livros veio plastificado e vieram com pequenos amassados. Mas fora isso, eles foram muito abraçados por mim.


Fazia quase três anos que Fiquei com o seu número de Sophie Kinsella estava na minha lista de livros desejados. Quando vi que o valor dele tinha baixado um pouco, não perdi a oportunidade. A cor dele é linda, linda e o enredo promete boas risadas.


E aqui, apelidado carinhosamente de Tijolo Brilhante, está o meu exemplar da pré-venda de Dama da Meia-Noite. Ele é o primeiro volume da nova trilogia de Cassandra Clare, Os Artifícios das Trevas. Apenas a edição comprada na pré-venda da Saraiva vem com efeito holográfico e o capítulo extra.

Meu. Senhor. A edição está muito linda, esse brilho é um arraso e as quase 480 páginas podem assustar, mas me deixaram muito animada. Sério, estou muito empolgada para começar a ler e conhecer os novos personagens do mundo dos Caçadores de Sombras.





Então tá. Prometo não postar mais unboxings por um tempinho. Okay, fiz uma comprinha linda na Saraiva que vai chegar nas primeira semanas de maio. Foi uma compra especial.

Sei que pareceu loucura, mas eu e minha irmã aproveitamos preços e descontos muito bacanas e riscamos vários livros das nossas listas de desejados.

Esses são os outros três unboxings de abril: ABRIL, MARAVILHOSO ABRILMAIS UM PRECIOSO E OUTRAS LINDEZAS | CHEGARAM TODOS JUNTOS

Abraços e até maio com o 12º unboxing!