terça-feira, 31 de março de 2015

Livro: Correr ou Morrer - James Dashner


Maze Runner #1
Título original: The Maze Runner
Autor: James Dashner
Editora: Vergara & Riba
Páginas: 426
Ano: 2010
Nota: 5/5 + 

"LEMBRE
CORRA
SOBREVIVA"

Sinopse (Orelha do livro): Ao acordar dentro de um escuro elevador em movimento, a única coisa que Thomas consegue se lembrar é de seu nome. Sua memória está completamente apagada. Mas ele não está sozinho. Quando a caixa metálica chega a seu destino e as portas se abrem, Thomas se vê rodeado por garotos."Bem-vindo à Clareira, fedelho". A Clareira. Um espaço aberto cercado por muros gigantescos. Assim como Thomas, nenhum deles sabe como foi parar ali. Nem por quê. Sabem apenas que todas as manhãs as portas de pedra do Labirinto que os cerca se abrem, e, à noite, se fecham. E que a cada trinta dias um novo garoto é entregue pelo elevador. Porém um fato altera de forma radical a rotina do lugar: chega uma garota, a primeira enviada à Clareira. E mais surpreendente ainda é a mensagem que ela traz consigo. Thomas será mais importante do que imagina. Mas para isso terá de descobrir os sombrios segredos guardados em sua mente e correr... correr muito.

"E Thomas teve certeza de que nunca esqueceria aquelas palavras.
- Legal conhecer você, trolho - disse o garoto. - Bem-vindo à Clareira." (página 4)



Correr ou Morrer, pra mim, foi uma leitura frenética. Eu não conseguia parar de ler. Eu não queria parar de ler.

A escrita do James Dashner foi diferente. Ela é simples e clara. O autor não enrola. Ele não faz tantas descrições, mas usa palavras bem bacanas, além das expressões criadas por ele. Trolho, mértila, plong, Corredor, Encarregado. As gírias são hilárias.

Os capítulos não são longos e às vezes terminam em momentos que me faziam querer ler o próximo. Foi viciante.



Os personagens do James, ou melhor dizendo, os garotos dele, são muito bacanas. Talvez nesse primeiro livro eles não tenham um grande desenvolvimento, mas gostei deles, pois têm personalidades incríveis. Todos ganharam minha atenção no decorrer da história, mas o meu coração foi roubado por Thomas. Ele é corajoso, inteligente. Pensa antes de agir. Vive com pensamentos na cabeça, e senti que ele conseguiu transmitir isso ao leitor. Sua confusão, sua angústia, suas ideias. Não é só ele que fica confuso, o leitor também fica, pois a história é realmente confusa no início. Thomas é cheio de perguntas e as respostas não aparecem.

"A única coisa que lhes restava era a coragem." (página 156)

Além dos garotos, temos Teresa, a garota que aparece na história. E a única na Clareira. Ela traz uma mensagem e eu gosto muito dela.



Não consigo imaginar como eu teria reagido ao enredo, às descrições dos personagens, às informações, se não tivesse assistido ao filme antes. Acredito que o lado ruim de ver o filme primeiro, é que ao longo da leitura eu esperava ler as cenas que assisti. Então constatei que houveram várias mudanças para a adaptação. Imaginei que no livro teriam mais detalhes, mais informações que no filme não conseguiram mostrar. E mesmo sabendo o que iria acontecer e como tudo acabaria, me vi perguntando o motivo daquilo tudo, pois queria respostas também.

"Naquele momento, no espaço de apenas alguns segundos, aprendeu muita coisa sobre quem era. Quem fora o Thomas antes.
Não podia abandonar um amigo e deixá-lo morrer." (página 138)

Achei que o final se estendeu mais. Aqueles últimos capítulos foram inteligentes e bem interessantes e tentei acompanhar o raciocínio do Thomas. No filme ele é mais rápido, intenso, chocante. Acredito que para a adaptação eles precisaram fazer algo mais lógico, não deixando de ser instigante. Também mudaram detalhes da Clareira que no livro eu achei bem bacanas. Mas não quero fazer comparações, pois amei o filme e agora o livro também.



Em algum momento da leitura me descobri confortável no ambiente criado pelo autor. É tudo bem original, curioso, e cada acontecimento desperta mil perguntas em Thomas e no leitor.

Encontrei momentos de humor, diálogos não tão tensos. Gostei do clima da história. Mas posso dizer que tenho uma relação de amor e ódio com o James Dashner.

Incrivelmente não senti muita falta de romance. Bom, em certos momentos senti que o autor deixava pontas de romance para se desenrolar no próximo livro. Por isso estou animada.

"Ela sorriu pela primeira vez, e ele quase precisou desviar o olhar, como se algo tão bonito não pertencesse a um lugar assim sombrio e cinzento, como se não tivesse o direito de observar a expressão dela." (página 265)

Eu amei a diagramação do livro, que contribuiu para uma boa leitura. Também amo a ilustração da capa.

O epílogo me deixou super curiosa para Prova de Fogo. Inclusive já li os dois primeiros capítulos e amei. Mas também fiquei com medo. Medo por Thomas e os Clareanos.

" - Mas que droga, estou com medo.
- Mas que droga, você é humano. Então tem de estar com medo." (página 361)

Minha única recomendação é: apenas leiam Correr ou Morrer!
Confira aqui a resenha do filme.

Abraços!

sábado, 28 de março de 2015

Música da Semana: Smile


A música dessa semana é Smile do cantor Mikky Ekko. Ela faz parte do disco Time lançado em 2014. Conheci ela assistindo ao trailer de Cidades de Papel. Procurei e escutei. Como não curto muito música pop, no começo ela não me encantou tanto assim. Mas então me vi cantando um trechinho e escutei ela de novo. Resultado: simplesmente me apaixonei. O que me surpreendeu.

O ritmo é viciante. A voz do Mikky é diferente. A letra é legal. O clipe é bacana. E você vai ter vontade de dançar. Enfim, assista ao clipe e logo depois ouça o áudio de Smile:



Os trechos que ficaram na minha cabeça foram esses:

"Smile, the worst is yet to come
We'll be lucky if we ever see the sun."

"But the future is forever
The future is forever
So smile!"

Leia a tradução de toda a letra aqui.
Abraços!

quarta-feira, 25 de março de 2015

Lista do Amanhã: Notícias que me deixaram feliz


Decidi que quero fazer uma série aqui no blog em que eu crie listas, seja de personagens, autores, livros e até temas diferentes do universo literário. Vou chamá-la de Lista do Amanhã e ainda não sei a frequência que vou postá-la, pois vou precisar de inspiração e tempo.

Para esse primeiro post quero mostrar algumas notícias, sendo a maioria literárias, que me fizeram ter ataques de felicidade. Elas são recentes e também de semanas e semanas atrás. (As fontes das notícias se encontram logo depois dos meus comentários, sendo que as imagens da montagem que abre esse post foram retiradas delas). Confiram!

Blue Lily, Lily Blue será lançado pela Verus Editora nesse primeiro semestre de 2015. O livro é o terceiro da Saga dos Corvos escrita por Maggie Stiefvater. Quando eu li essa notícia na página do facebook da editora eu fiquei louca, pois fazia um tempo que não tinha novidades sobre a série. Nem preciso dizer o quanto estou animada com isso. Bom, o título desse post já diz tudo. (Verus Editora)

A Maggie anunciou o título e data de lançamento do quarto livro da Saga dos Corvos. The Raven King será lançado dia 29 de setembro de 2015 lá fora. (Maggie Stiefvater)

As filmagens de Como eu era antes de você, adaptação do livro de Jojo Moyes, começam em abril. E a estreia do filme poderá ser em março de 2016. OMG! Mas acho que o melhor está no próximo tópico. (Como Eu Era Antes de Você)

Jojo Moyes anunciou a continuação de Como eu era antes de você. After You (título maravilhoso, que traduzido fica Depois de você), será lançado lá fora dia 29 de setembro de 2015 e  vai contar sobre Lou, aquela linda. Confesso que fiquei de boca aberta. Confira abaixo o comercial anunciando After You. (Jojo Moyes)


A Editora Galera Record divulgou a capa linda de Elena, a filha da princesa. Escrito pela talentosa Marina Carvalho, esse livro é o spin-off de Simplesmente Ana, fechando a trilogia Ana. A editora divulgou também a sinopse oficial e o primeiro capítulo (confira aqui). E que primeiro capítulo é esse? Amei, amei. O lançamento será em abril e eu mal posso esperar. (Galera Record)


Rainbow Rowell está escrevendo Carry On, uma história sobre Simon Snow. A autora criou essa série fictícia em seu livro Fangirl e Cath, a protagonista, escreve uma fanfiction com os personagens Simon e Baz. Eu gostei muito deles no livro e agora a Rainbow está realmente escrevendo um livro para eles. (Entrevista com a autora no Blog Editora Novo Século)

Margaret Stohl e Kami Garcia irão lançar contos em e-book do universo de Beautiful Creatures. O primeiro conto, intitulado The Mortal Heart, conta a história de Lila Jane (mãe do Ethan) e Macon Ravenwood. Ele foi lançado dia 10 de março lá fora. Provavelmente teremos mais Ethan e Lena depois do final de Dezenove Luas. (Beautiful Creatures Novels)


Frozen 2 foi confirmado. Não tenho nenhum palpite sobre o que será a nova aventura dos personagens mais amados, mas só de saber que vamos ter mais Olaf já fico animada. (AdoroCinema)

Foi divulgado o primeiro teaser pôster nacional e o primeiro teaser trailer de Jogos Vorazes: A Esperança - Parte 2. Nele vemos a transformação do Tordo e algumas falas importantes dos personagens nos outros filmes. O longa estreia nos cinemas em novembro de 2015.



Foi divulgado o primeiro trailer oficial de Cidades de Papel, adaptação do livro de John Green. Está simplesmente demais! Estou louca para conferir o filme. Falei mais dele aqui.


E por último, mas não menos animador. A adaptação de Perdida, livro nacional de Carina Rissi, ganhou as primeiras opções de atores. O diretor Luca Amberg pediu à autora que apresentasse aos fãs a primeira opção de atores para interpretarem Sofia e Ian. Houve bastante discussão sobre Bruna Marquezine e Chay Suede darem vida ao casal. Depois disso, a decisão está nas mãos dos produtores. O roteiro é de Carina Rissi e o filme pode sair ainda esse ano. Só o que posso dizer é: Esperando ansiosamente. (Carina Rissi)

Abraços!

sexta-feira, 20 de março de 2015

Sobre ler e sentir + Feliz dia do Blogueiro


Escrevi esse pequeno texto em um momento de inspiração inesperada. Queria acrescentar mais coisas, mas acho que essas palavras já transmitem a ideia que estava na minha cabeça. Boa leitura!

Livros não são apenas folhas com montes de palavras contando uma história. São muito mais. Livros podem nos ensinar sobre amor, amizade, perdão, honestidade e muitos outros valores. Eles mostram realidades e superações.

Neles há mortes, mas também há vidas. E outras vidas. Outros universos. Nos fazem chorar, sorrir, rir, suspirar, ficar com raiva, mas também com bons sentimentos quando lemos uma boa história. Sentimos falta ou nunca mais queremos ler.

Nos apaixonamos pelos personagens, torcemos, lutamos em batalhas, nos surpreendemos, e às vezes queremos nós mesmos matá-los.

Ao abrir um livro você não vai apenas ler uma história. Vai senti-la. Usando a imaginação ou o coração. Não tem nada de errado em ser um viciado em ler. É uma paixão. Muitos têm paixões e hobbies, e o meu é ler. E tenho orgulho disso.

Ao passar as folhas de um livro já conheci mundos incríveis, personagens inesquecíveis, histórias instigantes, e lindos ensinamentos.

Então o meu conselho é: Abra um livro. Leia. Sinta. Não se importe com nada nem ninguém. Você lê o que quer. E se quiser. Acredito que ninguém goste de ler sob pressão. E também leia o que te faz bem. Seja um romance ou um terror. Ou um jornal. Uma revista. Uma crônica. Apenas leia.


Mudando de assunto.

Hoje, 20 de março, é o Dia do Blogueiro. Posso dizer que tenho orgulho de ser Blogueira. Me sinto feliz no mundo dos blogues. É bacana saber que de um tempo pra cá a profissão de Blogueiro - escrever sobre o que gosta, seja livros, maquiagem, culinária - está ganhando reconhecimento. E as pessoas não têm medo de mostrar sua opinião. Muitos fazem disso realmente um trabalho, outros apenas um passatempo. O importante é fazer com amor. Nada obrigado. Ser Blogueira é um grande prazer para mim. Enfim, Feliz dia do Blogueiro.

Abraços!

quinta-feira, 19 de março de 2015

Assista ao primeiro trailer de "Cidades de Papel"


Ok, eu não vou divulgar Cidades de Papel aqui no blog. Mas confesso que, apesar de o livro não ser o meu favorito do John Green, fiquei tão animada com o trailer que precisei falar sobre ele. Dia 18, um dia antes do lançamento do trailer oficial, quando divulgaram o teaser trailer do filme, fiquei bastante empolgada. E as primeiras imagens também me deixaram curiosa.

Bom, mas hoje estou aqui para falar do trailer. E eu quero muito falar dele. Ele foi divulgado nessa quinta, dia 19. Meu Deus, que trailer é esse? Só o que consegui dizer logo depois de acabar foi: "Muito bom, muito bom!". Ultimamente falo muito isso.

Achei simplesmente demais. Jovem, animado, misterioso, instigante. Gostei muito da escolha dos atores. Amei muito o fato de várias falas dos personagens estarem presentes, e também várias cenas que são muito legais no livro. Me emocionei assistindo. Sei lá, Cidades de Papel não é um livro que gosto tanto, então acho que o trailer me surpreendeu. Estou louca para assistir o filme.

Cidades de Papel é a adaptação do livro de John Green e chega aos cinemas em julho. Nat Wolff é Quentin e Cara Delevingne é Margo. A direção é de Jake Schreier. Confira o trailer legendado abaixo:


Assista ao trailer dublado clicando aqui.
CIDADES DE PAPEL: Facebook | Site

Abraços!

quarta-feira, 18 de março de 2015

Sobre minha recaída no mês de março quanto a comprar um livro por mês


Eu sabia que não iria aguentar!

Em fevereiro consegui comprar somente um livro pois o mês é curto. Mas março tem 31 dias. E está se arrastando. No começo do mês comprei Eleanor & Park enquanto ainda estava lendo Fangirl. Estava curiosa quanto a história e tinha gostado bastante da escrita da Rainbow.

Então assisti a adaptação de Maze Runner - Correr ou Morrer e me vi querendo ler urgentemente o primeiro livro da trilogia. Porém eu sabia que violaria a meta de comprar apenas um livro por mês. Mas minha vontade de ler foi mais forte (e eu sabia que não conseguiria ler os livros que estão na pilha esperando), e fui na livraria. Comprei Maze Runner. Ai. Meu. Deus. Não que eu tenha me sentido culpada. Eu estava louca pra lê-lo. Mas eu quero tanto não comprar tantos livros em um mês só...

Na livraria eu passei os olhos por outros livros... e encontrei Um mais um da Jojo Moyes, que está na minha lista de desejados. Eu surtei. Naquele momento eu não tinha dinheiro para os dois. Peguei Maze Runner e fui para o balcão, pensando: "Em abril eu volto e compro o da Jojo". Bom, espero que ele fique por lá. Meu Deus eu ia comprar dois livros no mesmo dia, sendo que já comprei o do mês de março!

Em abril volto pra pegar Um mais um. E em POA vou passar na Livraria Londres e aproveito pra comprar alguns livros que as livrarias da minha cidade não têm. Ok, abril vai ser uma baita exceção. A partir de maio eu recomeço a minha meta. Vou tentar não me decepcionar.

Bom, era isso. Me senti na obrigação de escrever esse post relatando a minha falha na meta. E que isso não se repita, Alice!

Abraços!

terça-feira, 17 de março de 2015

Livro: Eleanor & Park - Rainbow Rowell


Título original: Eleanor & Park
Autora: Rainbow Rowell
Editora: Novo Século
Páginas: 327
Ano: 2014
Nota: 4/5


"Um amor imperfeito e extraordinário".

Sinopse (Orelha do livro): Eleanor & Park é engraçado, triste, sarcástico, sincero e, acima de tudo, geek. Os personagens que dão título ao livro são dois jovens vizinhos de dezesseis anos. Park, descendente de coreanos e apaixonado por música e quadrinhos, não chega exatamente a ser popular, mas consegue não ser incomodado pelos colegas de escola. Eleanor, ruiva, sempre vestida com roupas estranhas e “grande” (ela pensa em si própria como gorda), é a filha mais velha de uma problemática família. 

Os dois se encontram no ônibus escolar todos os dias. Apesar de uma certa relutância no início, começam a conversar, enquanto dividem os quadrinhos de X-Men e Watchmen. E nem a tiração de sarro dos amigos e a desaprovação da família impede que Eleanor e Park se apaixonem, ao som de The Cure e Smiths

Esta é uma história sobre o primeiro amor, sobre como ele é invariavelmente intenso e quase sempre fadado a quebrar corações. Um amor que faz você se sentir desesperado e esperançoso ao mesmo tempo.

Este livro irá levá-lo de volta aos dias de frio na barriga, quando achava que todo o peso do amor e da paixão que sentia iria sufocar você, e quando apenas um segurar de mãos já era suficiente para fazê-lo andar nas nuvens. 

"A gente acha que abraçar uma pessoa com força vai trazê-la mais para perto. Pensamos que, se a abraçarmos com muita força, vamos senti-la, incorporada em nós, quando estivermos longe.
Toda vez que Eleanor ficava longe de Park, sentia sua perda." (página 312)



Muito bem, vamos começar pelo começo.

Comprei Eleanor & Park pois sempre li comentários positivos e fofos sobre o livro, e também porque gostei bastante da escrita da Rainbow Rowell em Fangirl, o primeiro livro que li da autora. E depois que trouxe ele da livraria e li a sinopse achei-a a mais fofa do mundo.

Eleanor & Park me prendeu. A narrativa é envolvente, os capítulos são curtos, a linguagem é fácil e é um livro bom de ler em voz alta. Eleanor e Park são personagens muito reais. Verdadeiros. Gostei muito da maneira de como falavam um do outro. Palavras gentis. Frases bonitas. Gostei do jeito que se aproximaram e acabaram se apaixonando. Pelos gibis, pelas músicas. Eles têm 16 anos, e achei lindo como descobriram isso, cada um do seu jeito. Eu acho Eleanor uma garota corajosa. E Park um garoto doce.


"Segurar a mão de Eleanor era como segurar uma borboleta. Ou um coração a bater. Como segurar algo completo, e completamente vivo." (página 74)

Tem um detalhe que eu acho muito interessante. Rainbow não cria simples e perfeitas famílias em suas histórias. Há problemas sérios. Dramas reais. E nesse livro, nunca odiei tanto um personagem antes. 



Bom, eu estava animada com a história. Realmente estava gostando. Rainbow nos faz criar grandes expectativas. E esse foi o problema. Eu estava esperando por algo. Depois de certo acontecimento cheguei a pensar em mil coisas para o final.

Um pouco depois da metade do livro, a história pra mim começou a se arrastar. Sério, me dói escrever isso, pois não queria que tivesse sido assim. Queria terminar o livro com um sorriso no rosto e pronta pra dar cinco estrelas pra ele.

Fiquei muito frustrada. Angustiada. Decepcionada. Eu terminei de ler a página 325 e virei a folha pra continuar, mas tinha acabado! O livro terminou naquela frase como se a Rainbow simplesmente tivesse decidido parar de escrever bem ali.  Não sei o que pensar. Talvez eu não tenha gostado. Talvez eu não tenha entendido. Fiquei muito chateada quando fechei o livro.

Depois fui pesquisar na internet, ler alguns comentários sobre o final. Então fiquei menos frustrada, acho. Consegui entender um pouco, lendo algumas opiniões, algumas suposições.




Não me arrependo de ter comprado Eleanor & Park. É uma linda história. Com momentos engraçados, trechos bonitos, personagens reais descobrindo sentimentos enquanto enfrentam conflitos na família e na escola. Através da música e da leitura de gibis, Eleanor e Park se encontram e se apoiam. Acho lindo o jeito que Park se importa com Eleanor.


"A sensação que a invadia quando estava sentada ao lado de Park no ônibus - aquela sensação de segurança, de que estava a salvo naquele momento -, podia conjurá-la sempre que quisesse. Como um campo de força. Como se fosse a Mulher Invisível.
Isso faria dele o Sr. Fantástico." (página 88)

Enfim, não queria não gostar do final. Mas independente do que você leu aqui, e se você acha que sou uma sem coração por não gostar do final do livro... me desculpe. Acho que os finais dos livros de Rainbow Rowell não estão destinados a serem os meus favoritos. Mas eu continuo a achar a escrita dela muito boa e nesse livro parece simples, porém forte. Ainda quero ler Anexos.



Leia e tenha sua própria opinião. Eu recomendo Eleanor & Park, pois além do romance, mostra uma realidade triste. E os dois são diferentes, mas se encaixam. Gosto dos dois juntos. Mas queria mais páginas. Ah, e eu amo essa capa. Os traços são lindos. O livro todo tem um belo trabalho gráfico. Parabéns à Editora Novo Século.

Abraços!

segunda-feira, 16 de março de 2015

Filme: Maze Runner - Correr ou Morrer


Título original: The Maze Runner
Diretor: Wess Ball
Elenco: Dylan O'Brien, Kaya Scodelario, Aml Ameen, Thomas Brodie-Sangster, Ki Hong Lee, Will Poulter, Patricia Clarkson
Gênero: Aventura, ação, ficção científica
Lançamento: 2014

"C.R.U.E.L. é bom"

Thomas acorda em um elevador em movimento e sem saber nada sobre si mesmo. Quando o objeto para e as portas se abrem, ele é apresentado à Clareira, um lugar onde vivem vários garotos que chegaram ali da mesma forma que ele.

Eles vivem rodeados por um Labirinto de pedra que guarda grandes perigos. Mas Thomas não tem medo, e sim perguntas. Ele enfrentará o Labirinto para encontrar a saída e libertar todos dali.



Maze Runner - Correr ou Morrer é a adaptação cinematográfica do primeiro livro da trilogia Maze Runner do autor James Dashner.

Não sou de fazer isso, mas estou escrevendo sobre uma adaptação de um livro que não li. É que o filme foi tão bom, que eu tinha que compartilhar aqui tudo o que eu pensei e senti.

"Bem-vindo à Clareira."

Eu amei esse filme do começo ao fim. Maze Runner - Correr ou Morrer é incrível. Tem um ritmo viciante, um cenário muito, muito legal e atuações sensacionais.

Um pouco depois de o filme começar, eu já tinha uma teoria para o motivo de os garotos estarem naquele lugar, a Clareira. E algo que deixava louca era que surgiam perguntas como: "Quem nos trouxe aqui?" ou "O que significa?".



Eu gostei de todos os personagens, até mesmo daqueles que queriam tomar decisões diferentes das de Thomas. Pois são todos muito bons. Gostei também do fato de todos terem uma função, e de terem um ao outro. 

"Nós só temos três regras.
Primeira: faça a sua parte.
Segunda: nunca machuque outro Clareano.
 E a mais importante: nunca vá além daqueles muros."

Thomas é curioso, esperto, corajoso. No começo achei ele meio parado, mas claro, ele estava absorvendo tudo, tentando entender o motivo de ter sido mandado pra lá. Thomas não tem medo. Ele quer descobrir uma saída para todos os garotos. Mas eu pensava: "Não entra ai, não." Mas eu também queria descobrir. O Labirinto é muito louco. Assim que os Corredores, ou os outros meninos, colocavam os pés lá dentro, eu ficava morrendo de medo por eles.

O elenco é repleto de jovens talentos. E repleto de garotos. Teresa, a primeira garota que chega à Clareira, se mostrou uma personagem forte pra mim e quebrou essa atmosfera masculina. Dos atores eu conhecia apenas Will Poulter (As Crônicas de Nárnia - A Viagem do Peregrino da Alvorada) e Thomas Brodie-Sangster (O Garoto de Liverpool). Meus personagens favoritos são Thomas e Newt. Preciso confessar que estou apaixonada pelos dois.



Achei o filme muito bem feito. Não sei se é fiel ao livro (mas quero muito saber, pois ele me deixou bastante animada para ler a trilogia).

Em certas cenas eu ficava pensando: "Corre, corre". Mas então lembrava que não tinham para onde fugir. Eu fiquei arrepiada, com medo, intrigada, agoniada e surpresa.

O filme tem uma ação bem interessante. Gostei do ambiente, do mistério, da esperança de Thomas, da história. E quando o final chegou e emfim algumas coisas foram explicadas, senti que ele pareceu distante de tudo que aconteceu antes. Mas fiquei de boca aberta e também emocionada. Não conseguia parar de pensar o quanto Maze Runner - Correr ou Morrer foi bom. E no fim, minha teoria estava metade certa, o que foi bem legal.

Não tive a chance de conhecer esse mundo que é meio distópico e ficção científica, e seus personagens lendo os livros, mas me encantei pelo que assisti sem ficar perdida ou confusa.

Eu só recomendo demais esse filme. Se você não tem interesse em ler os livros, assista ao filme, pois é... muito bom!

Assista ao trailer legendado:


Fonte das fotos: The Maze Runner Brasil.
Abraços!

sábado, 14 de março de 2015

Livro: Fangirl - Rainbow Rowell


Título original: Fangirl
Autora: Rainbow Rowell
Editora: Novo Século
Páginas: 421
Ano: 2014
Nota: 4/5

"Perder-se no Mundo dos Magos e não voltar. Não ouvir voz alguma em sua mente a não ser as de Simon e Baz. Nem mesmo a dela. Era por isso que Cath escrevia as histórias. Para ter esses momentos em que o mundo deles suplantava o mundo real. Quando ela podia simplesmente cavalgar nos sentimentos deles como uma onda, como algo flutuando morro abaixo." 

Sinopse (Contracapa): Cath é fã da série de livros Simon Snow. Ok. Todo mundo é fã de Simon Snow, mas para Cath, ser fã é sua vida - e ela é realmente boa nisso. Vive lendo e relendo a série; está sempre antenada aos fóruns; escreve uma fanfic de sucesso; e até se veste igual aos personagens na estreia de cada filme.

Diferente de sua irmã gêmea, Wren, que ao crescer deixou o fandom de lado, Cath simplesmente não consegue se desapegar. Ela não quer isso. Em sua fanfiction, um verdadeiro refúgio, Cath sempre sabe exatamente o que dizer, e pode escrever um romance muito mais intenso do que qualquer coisa que já experimentou na vida real.

Mas agora que as duas estão indo para a faculdade, e Wren diz que não a quer como companheira de quarto, Cath se vê sozinha e completamente fora de sua zona de conforto.

Uma nova realidade pode parecer assustadora para uma garota demasiadamente tímida. Mas ela terá de decidir se finalmente está preparada para abrir seu coração para novas pessoas e novas experiências.

Será que Cath está pronta para começar a viver sua própria vida? Escrever suas próprias histórias?

" - O que você sabe sobre o Simon Snow? - ela perguntou.
Ele deu de ombros.
- Todo mundo conhece Simon Snow.
- Já leu os livros?
- Vi os filmes.
(...)
- Então você não leu os livros?
- Não sou muito de ler.
- Acho que essa foi a coisa mais idiota que você já me disse." (página 123)



Fangirl foi uma leitura muito bacana. É uma história calma. Além de contar com um romance fofo e uma comédia legal, fala também de amizade, amor entre irmãs, amor entre pai e filhas, viver sem uma mãe, alguns assuntos mais sérios, amadurecimento, e um sentimento muito especial por uma série de livros.


A escrita da Rainbow Rowell é muito boa. Envolvente, fluida e gostosa de ler. O livro tem um ritmo muito bom.


" - Cather! - disse ele, sorrindo. Começou a levantar-se assim que a viu - o que era mais complicado do que deveria ser; suas pernas e braços eram compridos demais para o restante do corpo.
- É Cath - ela disse.
- Tem certeza? - Ele passou a mão nos cabelos. Como se quisesse saber se continuavam bagunçados. - Porque eu gosto muito de Cather." (página 21)

O que não consegui colocar na cabeça é que Cath e Wren são irmãs gêmeas. Eu as imaginei bem diferentes. As duas têm interesses diferentes, e na história é citado que Wren tem o cabelo curto e Cath usa óculos.



Nos primeiros capítulos Cath me passou uma boa impressão. Ela é uma ótima protagonista. Às vezes ela tinha pensamentos bobos. Ela é cheia de dúvidas e medos. Para muitos leitores que são diferentes dela, que não sentem o mesmo que ela, Cath pode ser uma garota chata, sempre reclamando. Mas para mim foi o contrário. Eu me identifiquei diversas vezes com ela. Eu a entendia e sentia as mesmas angústias em certos capítulos. Penso que Cath 
evoluiu na parte do romance, mas ela não é uma personagem que evolui muito na história.

Podia citar várias coisas que me fizeram gostar de Cath por eu me ver muito nela, mas acho que o que mais se destaca é o fato de Cath amar escrever e ter medo de ficar com muita gente ao seu redor. Sim, essa sou eu também. Não sei puxar papo e fico desconfortável. Gostei também do estilo dela: Jeans. Camiseta. Cardigã.

Cath me encorajou também a escrever. A cada linha escrita por ela em sua fanfic de Simon Snow, eu ficava animada e pensava que poderia terminar qualquer uma das minhas histórias.


" - Eu pratico bastante - disse ela.
- Escrevendo?
- Sim. - Por um segundo, ela pensou em contar-lhe a verdade. Sobre Simon e Baz. Sobre um capítulo por dia e 35 mil cliques... - Escrevo um pouquinho - disse. - Todo dia, de manhã, pra me soltar." (páginas 84 e 85)

Eu gostei dos personagens no geral. Levi é uma graça, amoroso e dono de lindos sorrisos. Gostei muito de Art, o pai das meninas. Me peguei diversas vezes lembrando de mim e minha irmã quando lia algumas cenas de Cath e Wren.


" - Tô com saudade.
- Que bobagem. Te vi hoje de manhã.
- Não é o tempo - disse Levi, e ela podia escutar seu sorriso. - É a distância." (página 346)



Eu gostei do final. Fiquei feliz pela Cath, mas senti falta de algo. E esse algo era um detalhe que eu esperava que a Rainbow colocasse nos últimos capítulos. 

Rainbow Rowell conseguiu me fazer gostar de uma história criada dentro dessa história. Me apaguei bastante a Simon e Baz. Sinceramente, queria muito ler a série Simon Snow. E se eu pudesse ler a fanfic da Cath, Vá em frente, Simon, eu leria. Me interessei bastante nesse negócio de fanfiction. Acho superlegal.


" - Certo. Vamos começar com uma pergunta que não tem muito uma resposta... Por que escrevemos ficção?
(...)
Para poder ser outra pessoa, Cath pensou.
(...)
Pra nos libertarmos de nós mesmos.
(...)
Pra parar, pensou Cath.
Parar de ser qualquer coisa em qualquer lugar.
(...)
Pra desaparecer." (páginas 26 e 27)



A história de Fangirl, pra mim, não foi tão empolgante. Como disse lá no começo, ela tem um ritmo bom, porém, ficava esperando alguma coisa realmente boa acontecer. Afinal, são mais de 400 páginas, muita coisa podia se desenrolar, mas eu fiquei na expectativa. Em certos capítulos fiquei superanimada com as cenas e os diálogos, que são bem bacanas, engraçados, sérios, fofos, inteligentes (algumas frases eu queria falar na vida real). Nesses momentos eu me empolgava com a história.


" - Felizes para sempre, ou mesmo juntos para sempre, não é boboca - Wren disse. - É a coisa mais nobre, tipo, mais corajosa, que duas pessoas podem almejar." (página 376)

Quando cheguei ao final de Fangirl, pensei "Ah, terminei de ler. Que legal". De certa forma eu sinto falta da história e dos personagens, mesmo não tendo me apegado tanto.

A arte gráfica está linda. Os traços dos desenhos na capa, as fontes, as cores. E o cheiro desse livro é muito bom.

"Estou torcendo por você."


Abraços!