Para começar o mês de setembro, decidi fazer um post com os trechos que retirei do livro Depois daquela viagem da autora Valéria Piassa Polizzi. Eu amei o livro e já resenhei ele aqui no blog (para conferir a resenha clique aqui). Como não coloquei todas as citações na resenha, acho que elas merecem um post aqui :)
"Um dia, minha tia me emprestou a máquina fotográfica, dessas mais antigas, estilo profissional, só que toda manual. Comprei um filme preto-e-branco e saí tirando fotos pelas ruas. Meu tio dissera que fotografia era uma coisa mágica. Era como parar um instante no tempo. (...)" - página 32
" (...) Lá fora é noite e faz escuro. E perdida na escuridão está a Lua. E perdida nessa imensidão estou eu. (...) " - página 64
" Só então eu me dei conta de que, em vez de ficar tentando formar ideias a respeito dos outros com base nesses pré-conceitos (a maioria furados), eu deveria simplesmente prestar atenção no que aquela pessoa tinha a me dizer. O que ela, como ser humano, tinha lá dentro de si. E foi então que eu descobri coisas maravilhosas. Algumas até que jamais imaginei encontrar.
Descobri uma coisa triste também. Quantas pessoas eu havia deixado de conhecer, quantas coisas eu havia deixado de aprender por causa desses malditos preconceitos?
Tive vontade de viver pra sempre perambulando pelo mundo e, assim, conhecer muito melhor as coisas, me aproximar mais do verdadeiro eu das pessoas. Mas, infelizmente, uma vida inteira só de viagens é quase impossível. (...)" - página 91
"E quando ela fica aí lendo na cadeira de balanço, eu sempre gosto de ficar olhando a nossa estante. Ela é tão colorida, tão cheia de histórias. E foi sentada, olhando pra ela, que eu inventei a Teoria dos Livros. Sabe como é? Assim: cada livro tem uma história, e cada história tem personagens, que são as pessoas que moram dentro do livro. Daí quando a gente apaga a luz e vai dormir, todos os personagens saem dos livros e ficam passeando pela estante, conhecendo todo mundo. A Rapunzel encontra com o João do pé de feijão, que encontra com a Lúcia já-vou-indo, que conversa com a Chapeuzinho Vermelho, que já até conheceu o homem do livro da minha mãe, e do livro do meu pai também. E fica todo mundo contando suas histórias um pro outro. E fica todo mundo feliz! Mas mais feliz ainda eles ficam quando a gente lê o livro deles. Porque o livro gosta muito de ser lido. Daí ele fica lá na estante esperando ser escolhido. E quando a gente escolhe ele, é a maior festa. Puxa, deve ser bem legal morar dentro de um livro! Eu queria morar dentro de um." - página 160
"Às vezes, acontecem coisas na vida da gente que nos fazem desacreditar de tudo. Desacreditar da própria vida, do amor e dos seres humanos. Mas é pra isso que existem os anjos, pra nos fazerem reacreditar em tudo e continuar vivendo." - página 254
"Nós éramos a turma do fundão. Andávamos sempre todos juntos, principalmente no terceiro colegial. Foi o melhor ano, mas sabíamos também que seria o último, em breve cada um iria para um lado, cursinho, faculdade. Mas fizemos um trato que seríamos amigos pra sempre. Mesmo depois de grandes.
(...)
- Ignêz, o que a gente precisa fazer pra escrever um livro?
- Precisa gostar de escrever. E escrever muito.
(...) e eu ficava aqui no tédio me sentindo sozinha, até que peguei um caderno e um lápis e comecei a escrever, a escrever, a escrever... Escrevo, logo existo, era mais ou menos assim." - páginas 273, 274 e 275
É isso. Adorei tanto o livro, que precisava compartilhar os trechos que mais gostei aqui.
Abraços e até o próximo post!
ps.: essa semana tem resenha nova...
nossa, adorei! eu amo esse livro e não me canso de lê-lo! *-*
ResponderExcluirQue bom que gostou! Eu amo esse livro também.
ExcluirAbraços!
Esse livro foi o meu primeiro livro,será sempre meu primeiro amor.
ResponderExcluirTambém gosto muito!
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