Esse é o quarto livro da série A Seleção, que inicialmente era uma trilogia. Se você ainda não leu os três livros, sugiro que não leia essa resenha. Se continuar, boa leitura!
A Seleção #4
Título original: The Heir
Autora: Kiera Cass
Editora: Seguinte (selo da Companhia das Letras)
Páginas: 392
Ano: 2015
Nota: 5/5
"Trinta e cinco pretendentes e uma princesa.
Uma nova Seleção começou."
Eadlyn Schreave é a filha mais velha de America e Maxon, o casal que nos conquistou em A Seleção e teve seu final feliz em A Escolha. Eadlyn nasceu sete minutos antes de Ahren, seu irmão gêmeo, e por isso, depois de mudarem a lei, ela será a próxima rainha de Illéa.
Desde que America e Maxon eliminaram as castas aos poucos, o país vive em paz, porém, agora algumas pessoas estão contra a monarquia. Para deixar o povo mais feliz e tranquilo até encontrarem uma solução para o problema, Eadlyn terá que passar por sua sua própria Seleção.
Eadlyn não aceita no começo, pois não quer se casar e precisar de um homem para ser rainha. Mas ela acredita que, se assustar os garotos, desencorajá-los, eles irão desistir e não precisará passar por isso.
Com um tempo, depois de acordos e surpresas, Eadlyn começa a mudar sua opinião sobre a Seleção. E o que antes parecia impossível para ela, pode se tornar cada vez mais real.
Eu tinha certas expectativas para A Herdeira, mas não muito altas. Sim, eu esperava algo surpreendente da história da filha de America e Maxon.
"Só tenho um coração, e quero poupá-lo para a pessoa certa." - página 183
Tinha esquecido de como a escrita da Kiera Cass é fácil. Simples, leve, clara. Não sei se foi porque a Eadlyn queria que a Seleção acabasse logo, mas senti que a Kiera correu um pouco com a história. Mas isso não mudou em nada o meu amor pela narrativa dessa mulher. É viciante.
A Herdeira se resume a Eadlyn. Ela é uma princesa forte, mas acredito que precisa mudar e se abrir mais. Ela não quer casar, não quer um marido ao seu lado quando se tornar rainha. Eady sabe o que quer, mas com o tempo isso muda, e passa a se questionar, a refletir sobre sua Seleção. Gostei de ver ela descobrindo, se tocando de algumas coisas.
" - Quando você sabe quem é importante para você, abrir mão de algumas coisas, e mesmo de si própria, não parece um sacrifício." - AMERICA | página 323
Eu não esperava muito da Eadlyn e acho que foi por isso que ela me surpreendeu tanto e acabei gostando dela, admirando-a. Eady é muito diferente da America, e talvez isso tenha me incomodado, me causado estranheza. Ela tem uma opinião forte, é determinada, durona. Nos primeiros capítulos Eady me convenceu, me fez segui-la, entendê-la. Mas depois de um certo ponto ela me deixou confusa, decepcionada. Infelizmente ela ficou um tanto chata quanto a seus pensamentos, ideias e até algumas falas. Não sabia se continuava a gostar dela ou ficava chateada com suas atitudes.
Kiera me surpreendeu em várias coisas:
Os Selecionados, pois são todos muito diferentes, e alguns acabaram arrebatando meu coração. Não esperava certas atitudes, certos acontecimentos, certas personalidades, mas gostei de tudo que a autora criou. Não tenho bem um Selecionado favorito, mas tenho três rapazes muito queridos em mente.
America e Maxon. Amei cada lembrança que eles tinham da Seleção deles. Senti muita saudade da história dos dois e ficava às vezes revivendo os livros anteriores.
" - Não sei ao certo se acredito em destino. Mas posso dizer que às vezes aquilo que você mais deseja vai cruzar sua porta determinado a te evitar a qualquer custo. E, ainda assim, de algum jeito, você descobre que é suficiente para fazê-lo ficar." - MAXON | página 63
Personagens antigos. Eles cresceram, casaram e tiveram filhos. Foi algo inusitado ler madame Marlee, madame Lucy e general Leger. Ou ver como tia May está agora. Foi muito bacana.
O final. Kiera me passou algo que me deixou pensando e criando teorias. Então foi muito louco eu ter me agarrado a isso que idealizei e levado até as últimas páginas, para chegar ao capítulo trinta e três e a Kiera jogar uma bomba - talvez duas - em nossas mãos, me fazendo desejar ardentemente o próximo livro. Eu não esperava aquilo e até agora não sei o que pensar direito.
Me emocionei de verdade em certo momento. Me diverti um pouco com Eady e os Selecionados. Fiquei surpresa e abalada.
Amei demais o irmão gêmeo da Eady, Ahren. Eu imaginava que ele seria uma pessoa completamente diferente, mas me deixou muito feliz com seu jeito de ser. Ahren é um dos meus personagens favoritos.
"Há coisas sobre nós mesmos que só aprendemos quando deixamos alguém se aproximar de verdade." - página 141
Mais uma vez os problemas de Illéa são deixados de lado, para focar no "romance". Temos alguns momentos fofos, alguns tensos, outros não esperados por mim, mas o coração de Eady ainda está se preparando.
"Você pode ser corajosa e ainda ser feminina. Pode liderar e ainda gostar de flores. E o mais importante: você pode ser rainha e ainda ter um marido." - página 378
Enfim, Eady não me conquistou completamente, mas o final de A Herdeira foi simplesmente um gancho enorme para o quinto livro de A Seleção. Mal posso esperar.
Essa capa está um arraso!
Leia as resenhas de: A Seleção | O Príncipe | A Elite | Contos da Seleção: O príncipe e O guarda | A Escolha.
Abraços!
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