sexta-feira, 20 de abril de 2012

Para um Amigo que Adora Cães:


Marley & Eu - Partes das páginas 291 e 292

[...] - Jamais haverá outro cão como Marley.
Pensei muito em como descrevê-lo, e foi isto que resolvi dizer: "Nunca ninguém disse que ele era um grande cachorro - ou mesmo um bom cachorro. Ele era tão selvagem quanto uma banshee irlandesa e tão forte quanto um touro. Ele atravessava a vida alegremente com um gosto mais frequentemente associado aos desastres naturais. Ele foi o único cão que conheci que foi expulso da escola de adestramento". E continuei: "Marley mastigava almofadas, destruía telas, babava e revirava latas de lixo. Quanto à sua mente, vamos apenas dizer que ele perseguiu seu rabo até o dia em que morreu, aparentemente convencido de que estava a ponto de realizar um grande feito canino". Ele não era só isso, no entanto, e descrevi sua intuição e empatia, sua delicadeza com crianças, seu coração puro.
O que eu realmente queria contar era como este animal tocara nossas almas e nos ensinara algumas das lições mais importantes de nossas vidas. "Uma pessoa pode aprender muito com um cão, mesmo com um cão maluco como o nosso", escrevi. "Marley me ensinou a viver cada dia com alegria e exuberância desenfreadas, aproveitar cada momento e seguir o que diz o coração. Ele me ensinou a apreciar coisas simples - um passeio pelo bosque, uma neve recém-caída, uma soneca sob o sol de inverno. E enquanto envelhecia e adoecia, ensinou-me a manter o otimismo diante da adversidade. Principalmente, ele me ensinou sobre a amizade e o altruísmo e, acima de tudo, sobre lealdade incondicional". 

[...] Seria possível que um cachorro - qualquer cachorro, mas principalmente um absolutamente incontrolável e maluco como o nosso - pudesse mostrar aos seres humanos o que realmente importava na vida?Eu acreditava que sim. Lealdade. Coragem. Devoção. Simplicidade. Alegria. E também as coisas que não tinham importância. Um cão não precisa de carros modernos, palacetes ou roupas de grife. Símbolos de status não significam nada para ele. Um pedaço de madeira encontrado na praia serve. Um cão não julga os outros por sua cor, credo ou classe, mas por quem são por dentro. Um cão não se importa se você é rico ou pobre, educado ou analfabeto, inteligente ou burro. Se você lhe der seu coração, ele lhe dará o dele. É realmente muito simples, mas, mesmo assim, nós humanos, tão mais sábios e sofisticados, sempre tivemos problemas para descobrir o que realmente importa ou não. [...] Às vezes, era preciso um cachorro com mau hálito, péssimos modos e intenções puras para nos ajudar a ver". [...]

"Você sempre esteve ao meu lado quando precisei de você. Na vida e na morte, sempre vou amar você." (Marley & Eu)


Viva!
Até Mais!

Nenhum comentário:

Postar um comentário