segunda-feira, 18 de abril de 2016

CONVERGENTE de Veronica Roth


Convergente é a conclusão da trilogia Divergente. Se você não leu Divergente e Insurgente, sugiro que não continue lendo esta resenha. Se continuar, boa leitura!

Divergente #3
Título: Convergente
Título original: Allegiant
Autora: Veronica Roth
Editora: Rocco Jovens Leitores
Páginas: 526
Ano: 2014
Nota: 5/5 + 

"UMA ESCOLHA VAI TE DEFINIR."

Sinopse (Skoob): A sociedade baseada em facções, na qual Tris Prior acreditara um dia, desmoronou – destruída pela violência e por disputas de poder, marcada pela perda e pela traição. Em Convergente, o poderoso desfecho da trilogia de Veronica Roth iniciada com Divergente e Insurgente, a jovem será posta diante de novos desafios e mais uma vez obrigada a fazer escolhas que exigem coragem, fidelidade, sacrifício e amor.



Estou sentada aqui, pensando que faz mais de um mês que terminei de ler Convergente. Mais de um mês que finalizei a trilogia Divergente e ainda não escrevi minha opinião sobre o último livro. Talvez eu esteja um pouco desesperada para lembrar de detalhes, um pouco desesperada pelas palavras certas. Porém, alguns sentimentos ainda permanecem comigo.

Sempre digo que é difícil falar sobre um livro que se gosta muito, ainda mais se for o último de uma saga. Complica mais ainda.

Então vou tentar escrever uma resenha que passe o que senti ao ler esse livro que foi alvo de tantas críticas pelo seu final.

Precisei de um tempo para absorver a história e organizar meus pensamentos e sentimentos. Mas acabou que fiquei mais tempo juntando coragem para sentar e escrever sobre o livro.



Fui fisgada rapidamente pelo começo de Convergente, lendo logo nove capítulos num dia. Isso me surpreendeu, pois minha relação com a escrita da Veronica Roth tem seus altos e baixos. Hora a narrativa é ágil e eu mergulho fácil nela, hora é difícil, me fazendo ler devagar para entender melhor, especialmente nas cenas de ação e descrições de lugares. E isso de fato aconteceu enquanto lia Convergente, mas em nenhum momento achei a história arrastada. Me envolvi realmente com o livro.

A narrativa nesse último livro é dividida entre Tris e Tobias. Gostei dessa troca de ponto de vista. Assim fiquei conhecendo o olhar de Tobias sobre os acontecimentos e seu lado nessa grande jornada. Okay, eu não lembro muito mais que isso sobre os pontos de vista do livro.



Temos alguns desentendimentos entre Tris e Tobias, que deixam o clima do livro mais tenso. Às vezes cada um tomava um rumo, cada um tinha uma opinião sobre a mesma coisa. Mas eu amo o relacionamento dos dois, a força que encontravam um no outro, o respeito entre eles. Apesar das brigas, as cenas fofas ganharam meu coração.

"Assim como tenho insistido que Tobias tem valor, ele sempre insistiu que sou forte, insistiu que a minha capacidade é maior do que acredito. E eu sei, sem que ninguém precise me dizer, que é isso que o amor faz quando é certo. Ele torna você algo maior do que é, maior do que acreditava ser capaz de ser." - página 411 (TRIS)

Os personagens secundários da trilogia, com o tempo, se tornaram muito queridos por mim. Eles ganharam significado, cada um com uma personalidade incrível. Um dos melhores elencos de personagens que já conheci. A autora me deixou bem abalada enquanto lia a morte de alguns deles.



Sobre finalmente eles terem atravessado o muro, saído daquele cenário que já tinha me acostumado, explicado a razão de todo aquele mundo: Tive problemas em entender. Sério, não consegui processar todas as informações que eram dadas em grandes parágrafos. A descoberta da distopia, o motivo de tudo aquilo, não me deixou completamente arrebatada. Mas isso não me fez desanimar.

Penso que sofri um pouquinho lendo Convergente. Uma coisa que senti a leitura toda foi medo. E também um pouco de raiva. Acho que porque sabia de um certo acontecimento, e já estava aflita desde o começo. Mas então, quando esse momento chegou, ao mesmo tempo que foi triste ler, foi também lindo. Veronica Roth escreveu perfeitamente bem essa cena, me deixando meio sem acreditar no que havia lido.



Para mim, a trilogia Divergente trata de coragem, amizade, amor, traição, sobrevivência, enfrentar e controlar seus medos, lutar pelo o que acredita, seguir seus instintos, acreditar em si mesmo e não se deixar controlar. É instigante, curioso, diferente, desperta sentimentos e reações, nos faz sofrer junto aos personagens, torcer por eles, nos apegar a eles.

Não foi a melhor distopia que já li, mas teve seus momentos incríveis que me fizeram perder o fôlego e viver a aventura ao lado de Tris, Tobias e todo o elenco maravilhoso criado tão bem por Veronica Roth.



Convergente é repleto de trechos incríveis, e quando abri o livro para escolher alguns para colocar na resenha, me vi levemente emocionada ao retornar, mesmo que por poucos minutos, ao mundo criado pela autora.

"Existem tantas maneiras de ser corajoso neste mundo. Às vezes, coragem significa abrir mão da sua vida por algo maior do que você ou por outra pessoa. Às vezes, significa abrir mão de tudo o que você conhece, ou de todos os que você jamais amou, por algo maior.

Mas, às vezes, não.

Às vezes, significa apenas encarar a sua dor e o trabalho árduo do dia a dia e caminhar devagar em direção a uma vida melhor.

Esse é o tipo de coragem que preciso ter agora." - página 502 (TOBIAS)

Desculpem a longa demora para postar a resenha e também a escassez de lembranças sobre a história. Mas mesmo assim me sinto orgulhosa por ter finalmente escrito sobre Convergente.

Em breve falo sobre minha leitura de Quatro - Histórias da Série Divergente.

Abraços e até a próxima!

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